Achei interessante:



O VERDADEIRO LULA


FHC, o farol, o sociólogo, entende tanto de sociologia quanto o governador de São Paulo, José Serra, entende de economia.



Lula, que não entende de sociologia, levou 32 milhões de miseráveis e pobres à condição de consumidores; que não entende de economia, pagou as contas de FHC, zerou a dívida com o FMI e ainda empresta algum aos ricos.



Lula, o "analfabeto", que não entende de educação, criou mais escolas e universidades que seus antecessores juntos, e ainda criou o PRÓ-UNI, que leva o filho do pobre à universidade.

Lula, que não entende de finanças nem de contas públicas, elevou o salário mínimo de 64 para mais de 200 dólares, e não quebrou a previdência como queria FHC.



Lula, que não entende de psicologia, levantou o moral da nação e disse que o Brasil está melhor que o mundo. Embora o PIG - Partido da Imprensa Golpista, que entende de tudo, diga que não.



Lula, que não entende de engenharia, nem de mecânica, nem de nada, reabilitou o Pró-alcool, acreditou no biodisel e levou o país à liderança mundial de combustíveis renováveis.



Lula, que não entende de política, mudou os paradigmas mundiais e colocou o Brasil na liderança dos países emergentes, passou a ser respeitado e enterrou o G-8.



Lula, que não entende de política externa nem de conciliação, pois foi sindicalista brucutu, mandou às favas a ALCA, olhou para os parceiros do sul, especialmente para os vizinhos da América Latina, onde exerce liderança absoluta sem ser imperialista. Têm fácil trânsito junto a Chaves, Fidel, Obama, Evo etc. Bobo que é, cedeu a tudo e a todos.



Lula, que não entende de mulher nem de negro, colocou o primeiro negro no Supremo (desmoralizado por brancos), uma mulher no cargo de primeira ministra, e pode fazê-la sua sucessora.

Lula, que não entende de etiqueta, sentou ao lado da rainha e afrontou nossa fidalguia branca de lentes azuis.



Lula, que não entende de desenvolvimento, nunca ouviu falar de Keynes, criou o PAC, antes mesmo que o mundo inteiro dissesse que é hora de o Estado investir, e hoje o PAC é um amortecedor da crise.



Lula, que não entende de crise, mandou baixar o IPI e levou a indústria automobilística a bater recorde no trimestre.



Lula, que não entende de português nem de outra língua, tem fluência entre os líderes mundiais, é respeitado e citado entre as pessoas mais poderosas e influentes no mundo atual.



Lula, que não entende de respeito a seus pares, pois é um brucutu, já tinha empatia e relação direta com Bush - notada até pela imprensa americana - e agora tem a mesma empatia com Obama.

Lula, que não entende nada de sindicato, pois era apenas um agitador, é amigo do tal John Sweeny e entra na Casa Branca com credencial de negociador, lá, nos "States".



Lula, que não entende de geografia, pois não sabe interpretar um mapa, é ator da mudança geopolítica das Américas. Lula, que não entende nada de diplomacia internacional, pois nunca estará preparado, age com sabedoria em todas as frentes e se torna interlocutor universal.



Lula, que não entende nada de história, pois é apenas um locutor de bravatas, faz história e será lembrado por um grande legado, dentro e fora do Brasil.

Lula, que não entende nada de conflitos armados nem de guerra, pois é um pacifista ingênuo, já é cotado pelos palestinos para dialogar com Israel.

Lula, que não entende nada de nada, é melhor que todos os outros.



Pedro Rodrigues Lima


Professor de Economia na UERJ




GOVERNO SERRA CONTINUA LESANDO O PAÍS



O Governo de São Paulo, sob a administração de José Serra (PSDB), continua lesando o Brasil com uma política tributária nefasta e altamente prejudicial aos entes federados brasileiros, na medida em que se apropria indevidamente daquilo que não lhe pertence. Estou falando especificamente do comércio eletrônico, ou seja, comércio virtual, aquele que gera emprego somente no estado de São Paulo em detrimento dos consumidores espalhados por todo o Brasil.



A prática criminosa se revela no "modus operandis", onde grandes lojas, empresas, indústrias e comércio, fixados em São Paulo e
incentivados por uma política predatória e desigual, impedem a livre concorrência e fortalecem grandes corporações. Essas empresas abrem pontos de vendas nos demais estados brasileiros, os chamados "show rooms" e faturam tudo como se essas vendas estivessem sendo realizadas em São Paulo.



Via internet se faz todo o processo de comercialização, não possuem estoques, não possuem centros de distribuição e nem incentivam empregos e circulação de riquezas nos estados de destino dessas mercadorias, no exercício de uma política vergonhosa que lesa o Brasil. O governo José Serra tem feito "vistas grossas" a tudo isso, num claro sinal de descompromisso com o resto do Brasil. É lamentável e desanimador pensar que um presidenciável utilize-se desse tipo de política tributária para afrontar os demais estados brasileiros.

Mato Grosso, numa luta de Davi contra Golias, ergue a sua voz e não vai se omitir a criticar e tomar as medidas necessárias para combater essa deslealdade, especialmente porque queremos apenas o que pertence a nós, nada mais que o diferencial de alíquota, que é de 10%, onde abrimos mão de 6% e deveria ser creditado ao estado 4%. Como se não bastasse nos aviltar na geração de emprego e renda, ainda se apropriam indebitamente dos nossos sagrados recursos.

Essa luta de Mato Grosso coaduna com a boa prática de imposto no destino e aperfeiçoa o sistema fiscal, pois as duas partes, os dois estados envolvidos passam a ter interesse efetivo em fiscalizar e coibir práticas lesivas, propiciando uma economia mais leal, onde a concorrência é nivelada pelas boas práticas. Estimular a perda, o conflito ou deixar de adotar controles federativos efetivos, favorece a evasão tributária, prejudica o desenvolvimento do pacto federativo e prejudica a equalização dos estados, através do desenvolvimento das regiões menos desenvolvidas, as quais, crescendo, certamente adquirirão muitos produtos paulistas.



Empobrecer Mato Grosso e demais estados, apropriando-se de receitas que nos cabem, gera benefícios momentâneos em detrimento das gerações futuras do próprio estado de São Paulo, pois se está eliminando renda e deprimindo mercados onde as industrias paulistas poderiam vender mais.



Portanto, faço um apelo ao governador Jose Serra: por favor, devolva o que é nosso, isso não lhe pertence! Nossa batalha no Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) será firme e não poderemos evitar maiores consequencias se São Paulo não rever a sua posição, afinal, estamos perdendo mais de R$ 150 milhões por ano, e isso significa menos dinheiro aos municípios mato-grossenses e, evidentemente, aos municípios brasileiros.

* EDER MORAES, secretário de Fazenda de Mato Grosso




POR QUE DILMA SERÁ A NOVA PRESIDENTE
*Carlos Pio



Daqui a exatos 12 meses os brasileiros vão escolher o seu novo presidente. Poucos analistas parecem ter dúvidas de que teremos segundo turno e de que este será disputado pela candidata do presidente Lula, a ministra Dilma Rousseff, e por um dos candidatos do principal partido da oposição, provavelmente o governador José Serra.



Mas quase ninguém arrisca um prognóstico sobre o pleito, cautela essa provocada pelo que parece ser uma disputa apertada entre dois candidatos "sem graça", tecnocratas de cabeça e coração. Eu vou arriscar: Dilma ganha de Serra (ou Aécio Neves) no segundo turno, com folgada margem. Vou explicar por quê.



Para começo de conversa, é fundamental enfatizar como o processo de seleção dos candidatos presidenciais afeta o desenlace da campanha. No nosso caso, demonstra o quanto a democracia brasileira ainda é dominada por indivíduos que estão no topo das organizações partidárias (e não por regras institucionalizadas). Em si mesmo, esse fato limita um verdadeiro debate de ideias sobre os problemas nacionais e sobre as diferentes alternativas existentes para resolvê-los. Dilma foi escolhida por uma única pessoa - o presidente Lula -, possivelmente após ouvir a opinião de alguns de seus conselheiros mais próximos.



Serra será (ou não!) candidato a partir de uma decisão individual sua, à qual os dois partidos que o apoiam (PSDB e DEM) acederão sem maiores questionamentos. Se ele preferir não se candidatar a presidente, como em 2006, Aécio assumirá o posto também por decisão individual – mesmo que sob forte pressão dos aliados. Nesse processo terão sido ouvidas, talvez, quatro ou cinco outras pessoas. Ciro Gomes e Marina Silva se autodeclararam candidatos e suas legendas aceitaram - esta última tendo, por sinal, saído do PT com esse propósito.



Em suma, em todos os "partidos" a escolha do candidato a presidente se dará de forma não institucionalizada e, por conseguinte, sem debate público sobre as diferenças entre os eventuais postulantes no que diz respeito aos diagnósticos de nossos principais problemas e ao conteúdo das soluções que virão a propor. O eleitor também não saberá de antemão a diferença entre os candidatos no que concerne à governabilidade - isto é, como o eleito articulará sua base de apoio congressual e seu Ministério para viabilizar as ações do governo. Assim, a decisão do eleitor será tomada sob forte névoa de incerteza.



Sem debate público interno aos partidos, sem processo institucionalizado de escolha dos seus respectivos candidatos e sem um mínimo de clareza sobre a montagem futura das alianças políticas necessárias para governar, as eleições tendem a assumir um caráter ainda mais plebiscitário do que normalmente ocorre em regimes presidencialistas. Plebiscitário aqui assume o sentido de julgamento dos méritos do atual governo, desconsiderando a oposição. Destituí-lo, pela rejeição à candidata do presidente, representa incorrer em grau ainda mais acentuado de incerteza e insegurança para todo eleitor que tem algo de substancial a perder com a vitória da oposição - uma Bolsa-Família, uma tarifa de importação elevada, um subsídio tributário, uma vaga em universidade federal ou bolsa do governo federal, um emprego em empresa estatal ou de capital misto.



Um plebiscito sobre a renovação do mandato do grupo político do presidente será decidido em função do apoio do eleitor mediano (aquele que separa a distribuição dos votos de todo o eleitorado entre 50% + 1 e 50% - 1) à seguinte questão: "Você concorda que as coisas estão claramente melhores hoje do que no passado recente?" Esse foi o sentimento que marcou claramente as eleições de 1994, 1998 e 2006, todas vencidas pelos governos da ocasião. E parece-me razoável supor que tal sentimento é característico de períodos em que:


1) a inflação está sob controle,


2) o governo tem capacidade de manejar os instrumentos de política necessários para dar um mínimo de segurança e estabilidade diante de um contexto externo instável e ameaçador,


3) há perspectiva de crescimento econômico e de queda do desemprego,


4) o gasto público e as políticas sociais focalizadas nos mais pobres estão em expansão.


É isso o que vivemos hoje, não?



Pois bem, em tal conjuntura tão favorável ao governo o melhor que a oposição oferece é dar seguimento às políticas correntes e prometer mais eficiência administrativa e menos corrupção! É pouco, muito pouco! A oposição precisa ter propostas novas e capacidade para convencer o eleitorado de que elas são necessárias, viáveis e urgentes. Mas como fazer isso sem debate intrapartidário aberto e institucionalizado, assentado na diferença de diagnósticos e soluções? E como "testar", antes do pleito, o potencial eleitoral das ideias e os riscos embutidos nas novidades sem realizar prévias?



Afinal, alguém aí sabe o que Serra e Aécio pensam sobre os problemas nacionais? Alguém acha que algum deles ousaria propor mudança de rumos em relação ao que Lula vem fazendo? O que eles farão em relação a Bolsa-Família, câmbio com viés de apreciação, Mercosul paralisado, protecionismo comercial excessivo, política industrial e tecnológica concentradora de renda, educação de mal a pior, malha de transportes precária, regulação arcaica do setor de energia, infraestrutura em frangalhos e política externa terceiro-mundista? Algum deles propõe privatizar o que ainda está nas mãos do governo federal? Algum deles propõe que o Mercosul feche um acordo de livre-comércio com os Estados Unidos ou a China, como fizeram México e Chile?



Sem que as diferenças sejam explicitadas o eleitor mediano não aceitará correr o risco de votar na oposição. E o tempo para esse debate já terminou!



*Carlos Pio, professor de Economia Política Internacional da Universidade de Brasília (licenciado), é pesquisador visitante da Universidade de Oxford, Inglaterra. E-mail: crpio@unb.br

Nenhum comentário: